Nuno Gomes trabalhou durante dez anos na área de hotelaria enquanto chefe de sala, emprego que decidiu abandonar para construir a sua primeira empresa. O negócio dedicava-se à distribuição de produtos frescos e congelados. “No entanto, sempre foi um sonho regressar à hotelaria no meu próprio registo”, salienta o empreendedor, de 50 anos.
Apesar de Coimbra estar repleta de propostas gastronómica diferentes, Nuno sentia que na zona junto ao Bairro Solum não existia uma grande oferta de comida caseira e feita na hora. “Encontramos espaços de fast food ou restaurantes de comida pré feita, onde os clientes só precisam de ir buscar e comer”, afirma. Por isso, com a proposta de trazer comida tradicional de conforto, mas com um twist contemporâneo, abriu o restaurante No Ponto.
Chegar a este nome não foi tarefa fácil. “Pedimos ajuda a muitos amigos e, juntos, construímos uma lista com mais de 30 nomes, até chegar ao produto final”, conta. A partir desse momento, tudo começou a fazer sentido. “Escolhemos este nome uma vez que a comida está sempre no ponto. Agora, até se torna uma brincadeira entre clientes cada vez que perguntamos se está tudo do seu agrado. Dizem que está sempre no ponto”, comenta.
Após descobrir o espaço ideal, este sofreu uma reabilitação profunda. “Está o dobro do tamanho, tanto no interior como o exterior”, afirma o proprietário. O restaurante No Ponto foi inaugurado depois de três meses em obras. A data marcada foi dia 13 de outubro.
Todos os dias, os menus disponíveis são diferentes. Entre as diferentes sugestões encontra, por exemplo, sopa à lavrador (1,70€), cabrito à moda antiga com batata assada e migas de broa (14€), letão assado (15€), bacalhau com crosta de broa (12€) ou ainda bacalhau à casa (11€). Já nas sobremesas, pode optar por baba de camelo, leite creme, arroz doce, pudim de ovos ou bolo de chocolate por 2,50€.
Por estarem abertos há menos de um mês, o responsável refere que as ementas são pensadas conforme o que os clientes mais gostam. “Temos observado que os pratos tradicionais são mais pedidos devido aos clientes mais velhos e, por isso, tentamos sempre adaptar as suas necessidades”, garante. Neste momento, o responsável pelas opções gastronómicas é o chef João Santos, que fez parte da equipa do restaurante da Quinta das Lágrimas e “oferece uma experiência interessante e diversa”.
Apesar das opções disponíveis, todos os pratos podem ser personalizados para cada pessoa. “Por exemplo, caso o cliente tenha uma dieta específica, podemos sempre fazer essas alterações, bem como quem quiser menos sal ou um acompanhamento específico”, salienta. Além disso, existe ainda a preocupação de manter uma parceria com produtores locais como uma forma de ajudar economicamente o distrito.
Além do restaurante, o No Ponto tem também produtos de pastelaria e padaria de fabrico próprio. “Há 30 anos que este espaço estava dedicado à área de pastelaria e queríamos honrar essa história”. Há ainda muitos clientes habituados a esse conceito e, para ter o menor impacto possível, Nuno decidiu mantê-lo. O pão é feito pela manhã e durante a noite, diariamente.
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