João, Pedro, Leonardo e Miguéis: cinco amigos com diferentes ofícios, mas com uma paixão em comum — a de servir uma noite agradável aos seus clientes, incluindo os de quatro patas. O Terraço da Alta dá um “oi” a toda a gente que tenha o desejo de comer bem, com uma boa vista e muita conversa à mistura.
João Pragosa, Leonardo Catarino e Pedro Castro jogaram basquetebol juntos no clube da Académica. O primeiro chegou a partilhar casa com Miguel Pinto e, a precisar de mais reforços, foram buscar o outro Miguel, o “Catarino”, como é chamado, amicíssimo de Leonardo. E assim nasceu um negócio que se sustenta com “base na amizade” dos cinco.
Partiram às escuras e sem saber bem o que fazer: “Nenhum de nós tinha experiência em restauração nem hotelaria. Mas já todos jantámos e sabemos como gostamos de ser servidos”, conta João Pragosa, 26 anos.
Além disso, tinham vontade de dinamizar a cidade que deu origem a tão profunda amizade: “Achamos que Coimbra está muito parada no tempo. Por isso queríamos fazer o dois em um: voltar a pôr a cidade no mapa e criar um espaço para as pessoas que lá vivem e em outros sítios”.
Desta forma, pegaram num local que já existia, mas que não tinha o valor merecido e reformularam-no totalmente. Celebraram um ano, no passado dia 24 de agosto, em que deram vida ao terraço (daí o nome Terraço da Alta) e criaram um bar lá fora, onde as pessoas puderam começar a conviver. Tudo isto a acrescentar à “comida divinal” que passaram a servir.
João diz que “todos os pratos são especiais”, mas é o chuleton (39,50€) que lhe enche as medidas: a ele e aos restantes clientes. Acompanhado por batata a murro e legumes salteados, deixa qualquer um a babar. Dentro da categoria “carne”, ainda há a bochecha de porco preto com arroz de cogumelos silvestres, couve e molho de mostarda antiga (18€) e o ribeye com batata assada e legumes grelhados (38,50€).
Chegados ao peixe, temos o lombo de bacalhau confitado, com batata doce, migas, cebolada e ovo bt (19€) e o bife de atum acompanhado por bolbos e tubérculos (17,50€).
O Terraço da Alta também tem opções vegetarianas, como é o caso do arroz caldoso de cogumelos (11,50€) e do bife de aipo com arroz de cogumelos (14,50€).
São os cocktails, no entanto, que conquistam qualquer cliente. Pode desfrutar do “cocktail do terraço”, com rum, lima e clara de ovo (7€), numa das noites de fado que o restaurante costuma receber. Ou, se não for fã de álcool há uma versão para si, feita com maçã, pêssego, morango e lima (5,50€), ideal para o evento “Sertanejinho” que vai colocar toda a gente a dançar ao som da melancolia brasileira, no próximo dia 9 de outubro.
Nada melhor para tornar os serões mais divertidos que a companhia dos nossos amigos de quatro patas. E João sabe bem disso, pois sempre esteve rodeado deles na sua vida: “Ovelhas, coelhos, vacas… O meu pai chegou a ter 30 cães em casa”, descreve.
O avô era agricultor e o pai fazia criação, por isso sempre tratou dos animais como se fizessem parte da família. Mas tem especial carinho por uma “bichinha” que lhe come as paredes e lhe suja a casa toda: Ema, uma cadela Bull Terrier.
Infelizmente, João não a vê diariamente, pois não se encontra em Portugal a tempo inteiro. Apesar de os amigos serem os fundadores do Terraço da Alta, têm outras ocupações profissionais. No caso do ex-basquetebolista, é consultor numa empresa em Madrid, mas não há qualquer fuso horário que separe o amor que tem pela cadela, que está ao cuidado do seu primo: “Sempre que vou lá, dou-lhe um ‘oi’ e brinco muito com ela”.
No restaurante, também permitem a entrada a qualquer tipo de animal. A única regra é que “o animal não pode pesar mais que os donos”. De resto, têm água e muitos miminhos para oferecer, além da vista fenomenal.
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