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Morgado do Bussaco: o doce que conquistou a Bairrada (e não só)

Poucos são os que conseguem resistir a esta especialidade. Aprenda a fazer o famoso Morgado do Bussaco e delicie-se.
Doce tem ligação ao Palace Hotel do Bussaco.

A origem deste doce conventual, tradicional da região da Bairrada, apesar de incerta, leva-nos de viagem até à densa floresta que abraça o Palace Hotel do Bussaco, no Luso. Foi através de testemunhos de pessoas com ligação ao hotel que se soube que nos anos 70 já lá se servia o Morgado do Bussaco. Em 1990, a Pastelaria Latina começou também a servir aos seus clientes o doce, tendo a receita vindo diretamente da cozinha do Palace.

O Morgado do Bussaco, símbolo da doçaria bairradina, é também estrela no Rei dos Leitões. No restaurante, com gerência de Licínia Ferreira e António Paulo Rodrigues, foi no ano de 2011 que o doce conventual começou a brilhar e a conquistar muitos. Atualmente é nas mãos da mestre pasteleira Lídia Ribeiro que o emblemático Morgado brilha e conquista todos os que decidem prová-lo.

Perto da Mealhada, em Anadia, são casas como a Padaria dos Olivais e na Padaria e Pastelaria “Pão de Deus” que também servem o irresistível Morgado do Bussaco. De volta ao Luso, pode ir provar o doce à “Rosa Biscoito” e na pastelaria “Flor do Luso”.

Quer aprender a preparar esta iguaria vinda do Bussaco? Agarre no seu bloco de notas, aponte tudo e torne-se assim especialista na arte de fazer um delicioso (e irresistível) Morgado do Bussaco.

Do que precisa

Creme de ovos moles

— 10 gemas (guardar as claras)

— 10 colheres de sopa de açúcar branco

— 10 colheres de sopa de água

Bolo

— 10 claras de ovo

— 3 colheres de sopa de mel Urze

— 150 gramas de açúcar amarelo

— 200 gramas de nozes moídas

Como se faz

O creme de ovos moles, o recheio de que muitos são adeptos, vai preencher o meio de cada “placa” do bolo de noz. No entanto, deve ser confecionado previamente para depois ser então aplicado já frio no bolo.

Em lume baixo, coloque a água e o açúcar num tacho antiaderente, até que o açúcar se dissolva. Deixe ferver por uns minutos até formar uma calda em ponto pérola. Retire do lume e deixe arrefecer.

De seguida, bata as gemas com um garfo e verta em fio na calda do açúcar, já arrefecida. Sempre a mexer, cozinhe em lume baixo, até que a mistura engrosse. Por fim, coloque numa taça e deixe arrefecer.

Já no que diz respeito às “panquecas” que vão servir de suporte ao Morgado, comece por pré-aquecer o forno a 180 graus. De seguida, bata as claras com o açúcar, até formar um merengue e adicione as nozes, bem trituradas, envolvendo tudo. Com a mistura já preparada e pronta para ir ao forno, forre três formas redondas com papel vegetal e divida, em igual quantidade, a massa.

Coloque o temporizador para 15 minutos e vá verificando a massa utilizando o famoso teste do palito (se sai seco, a massa está pronta, ou se precisa de mais alguns minutos). Desenforme e, num prato para servir, coloque uma “panqueca”, cubra-a com os ovos moles, e assim sucessivamente nos restantes discos de bolo.

Termine com o doce de ovos no topo e com nozes partidas em metades a decorar. Por fim (e já com água na boca) polvilhe com açúcar em pó. Delicie-se com este doce e saboreie a sua textura macia e ao mesmo tempo crocante, nunca esquecendo o rico sabor do mel e a perdição dos ovos moles.

De seguida carregue na galeria para ficar a conhecer outros doces incríveis da região.

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