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Maiorca (portuguesa) é a “capital do arroz-doce” até setembro

A vila tem um novo espaço onde irá dar a conhecer a sobremesa que será preparada por uma associação diferente a cada semana.
Uma tentação.

Maiorca, nas Ilhas Baleares espanholas, tem, todos os anos, milhões de visitantes. Porém, é da Maiorca portuguesa, situada na Figueira da Foz — e que conta com pouco mais de dois mil habitantes, que sai um arroz bem conhecido na cozinha de todo o País.

Muitos portugueses associam o topónimo Maiorca apenas à maior ilha do arquipélago das Baleares, em Espanha. O que poucos sabem é que Portugal também tem uma Maiorca — e, embora não seja um destino turístico, fica a poucos minutos de uma praia bastante concorrida, a da Figueira da Foz. A vila, que conta com pouco mais de dois mil habitantes, tem ainda outro atrativo, muito apreciado por cá: o arroz. Afinal, o nosso País é o maior consumidor europeu destes grãos, sendo responsável por cerca de 6 por cento da produção na Europa.   

Dos arrozais de Maiorca saem bagos de um tipo específico, com direito a Indicação Geográfica Protegida (IGP). A denominação “Arroz Carolino do Baixo Mondego” foi reconhecida pela Comissão Europeia em 2015. As condições climáticas da região são responsáveis pela formação e maturação mais lenta do cereal, resultando numa qualidade acima da média. 

Agora, a vila recebeu, a 7 de junho, um novo espaço que pretende ser uma divulgação do arroz do Baixo Mondego e do arroz-doce da região. O espaço MaYorca, situa-se no Largo da Feira Velha — Arneiro de São João e, todos os sábados, das 10 horas às 13 horas, até ao final de setembro, venderá esta sobremesa típica, confecionada, a cada semana, por uma associação diferente, num sistema rotativo, assim como o arroz carolino dos agricultores e produtores locais.

“A Figueira talvez não tenha plena noção da excelência do arroz-doce que produz”, declarou Pedro Santana Lopes, presidente da Câmara Municipal, adiantado que essa é a razão pela qual a autarquia realizou um concurso da doçaria, que levará, também, à Bolsa do Turismo de Lisboa (BTL) de 2026. 

O projeto, lançado pela Junta de Freguesia de Maiorca com o apoio da Câmara Municipal da Figueira da Foz, resultou de um investimento de 15 mil euros. Para o futuro, está prevista a recuperação do Palácio Conselheiro Branco, onde poderá nascer a sede da Confraria do Arroz-Doce.

Se ficou com vontade de fazer o doce para o próximo jantar lá de casa, confira a receita abaixo, que tem uma particularidade: não leva água.

Do que precisa

— 3 chávenas de arroz do Baixo Mondego
— 3 chávenas de açúcar
— 1 litro de leite
— cascas de limão a gosto
— um pau de canela

Como se faz

Coloque o arroz na panela com o leite frio, o pau de canela e a casca de limão. Cozinhe em fogo baixo, mexendo sempre para evitar que se agarre no fundo da panela. Quando o arroz começar a absorver o leite e estiver quase cozido, adicione o açúcar. Continue a mexer até que o arroz fique bem cozido e o leite tenha sido absorvido.

Retire o pau de canela e a casca de limão antes de servir. Polvilhe com canela em pó a gosto.

 
 
 
 
 
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