Certo dia, Rodrigo Padula recebeu um cliente norte-americano no seu estabelecimento. Daniel — o nome do cliente — gostou muito da refeição, fez pouca conversa e espalhou a palavra. A cada dia que passava, vários compatriotas de Daniel iam passando pelo restaurante e diziam ao proprietário que “estava famoso no grupo dos americanos, The American Expats”.
O Stupendo localiza-se no Golden Shopping, próximo da Praça da República, e é fruto da paixão de Rodrigo pela cozinha italiana e da sua vontade de largar a Economia, área que estudou, para se dedicar a algo que o realizasse verdadeiramente. O desejo de emigrar falou também mais alto e Rodrigo e a mãe deixaram o Brasil.
O avô do jovem de 25 anos era italiano, pelo que o neto decidiu prosseguir o objetivo de adquirir a cidadania italiana. Tendo obtido a cidadania desse país europeu, Rodrigo começou a aprender a língua, a consumir conteúdos sobre gastronomia italiana e a aperfeiçoar os seus dotes e conhecimentos nessa área, através de formações.
O antigo economista já tinha estudado um ano em Coimbra e a relação que manteve com pessoas que conheceu levou-o a abrir o negócio na cidade. Usou os conhecimentos da sua licenciatura para fazer um estudo de mercado, concluindo que “existiam poucas pizzarias verdadeiramente italianas”. O curto orçamento e o elevado preço das rendas fizeram com que Rodrigo aceitasse arrendar o espaço que ocupa atualmente.
O restaurante exalta a gastronomia e cultura italianas, seja pelo livro com pinturas de Caravaggio que salta logo à vista, pelas imitações em miniatura de esculturas italianas ou pelo método de confeção tradicional dos pratos apresentados. A luminosidade e a centralidade face a uma das zonas mais movimentadas da cidade elevam a atratividade do espaço.
Rodrigo defende que o seu restaurante não está interessado em “tratar a pizza como fast-food, mas sim como um alimento”. O jovem brasileiro refere que há produtos nas pizzas do Stupendo que, “em Portugal e noutros países, não existem”, mas que nas pizzarias de Itália “são muito comuns”, como pizza de batata.
A pizzaria abriu no mês de julho, mas só em agosto começou a ter mais afluência. O pizzaiolo reconhece que os maiores desafios que o restaurante enfrenta são a necessidade de o seu estabelecimento “ser mais conhecido”, embora o espaço arrendado “esteja a ficar pequeno para a dimensão do negócio”. “Espero que, daqui a menos de um ano, consigamos estar num sítio maior e melhor”, remata.
Na carta podem encontrar-se diversas opções de pizzas, desde Melanzane e Diavola até às mais conhecidas como Margherita e Carbonara (a mais vendida). Os preços vão dos 3,50€ aos 7,50€. No que diz respeito às bebidas, pode acompanhar a sua refeição com cervejas tradicionais e finalizá-la com o típico café espresso italiano.
O espaço está aberto de terça-feira a sábado, das 12h30 às 14h30 e das 18h30 às 22 horas. Encontra-se encerrado ao domingo e à segunda-feira.
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