A música ambiente é non-stop no The Legacy, o filho mais novo da restauração em Coimbra, seja para agradar aos clientes e fazer-lhes companhia ao almoço ou ao jantar, seja para animar e dar ritmo ao trabalho dos funcionários. Rodrigo Góis, o proprietário do restaurante, começa por contar o episódio em que um casal de turistas se sentou na esplanada a observar o menu. A música que estava a tocar de fundo naquele momento era dos Rolling Stones e o casal não conteve o entusiasmo, por se tratar de uma banda da sua juventude — ambos começaram a cantar durante a refeição e o The Legacy ficou gravado na sua memória justamente por isso.
Rodrigo Góis tem 37 anos e, embora não seja natural da cidade dos estudantes, cresceu e viveu em Coimbra. É empresário nas áreas de ourivesaria e restauração e acredita no potencial da Baixa de Coimbra para a dinamização da cidade. Alimenta o sonho de que Coimbra poderá ser “o centro da vida na cidade como nos anos 90”. “Temos espaços bons e diferentes e está na hora de Coimbra deixar de ter a ideia de que na Baixa é tudo a mesma coisa”, remata.
O espaço ocupado pelo The Legacy (que abriu em julho) já era propriedade de Rodrigo na altura em que funcionava como o restaurante de sushi Yasashi e foi, portanto, resultado de uma “decisão estratégica”. Depois da remodelação, o conceito do novo serviço de restauração junta uma vertente gastronómica mais tradicional, com produtos e refeições típicas portuguesas, à culinária pouco comum — refeições com “tomates, pimentos e cogumelos recheados com bacon ou bacalhau”.
Alguns dos pratos que fazem maior sucesso são a sopa de peixe (7€), sopa da pedra (“na ordem dos 8€) e o tagliatelli frutti di mare, com um custo de 14,90€. O rei da ementa é o pão de leitão, “um pão para duas pessoas, com 50 a 60 centímetros, recheado de leitão, batata a murro, migas e coberto de mozzarella, que vai ao forno a gratinar”. Custa 25,90€. Além das opções vegetarianas, o The Legacy tenta explorar pratos vegan, já que, nas palavras do empresário, “é algo que falta ao mercado de Coimbra”. O preço médio por pessoa ronda os 15€ a 20€.
No que diz respeito às bebidas, como “um dos representantes oficiais da Caves Messias”, o espaço de restauração vai ter também “produtos premium, como vinhos do Porto e espumantes”. Depois da nova remodelação da sala interior, Rodrigo Góis adianta que “vão existir jantares vinícolas, desenhados para um grupo pequeno de pessoas, com o objetivo de saborear e identificar sensações que o vinho traz ao paladar”. Como não podia faltar a um estabelecimento português e conimbricense, tem também à escolha do consumidor as cervejas artesanais Topázio, Onyx, estas duas caraterísticas da cidade, e as conhecidas marcas Super Bock e Sagres.
Para além da localização do restaurante, em plena Baixa de Coimbra, não muito longe da Igreja de Santa Cruz, Rodrigo considera a simpatia dos funcionários como um “ponto diferenciador” de outros negócios de restauração da zona, já que “lhes é incutido desde o início a importância da satisfação do cliente”. A esplanada do restaurante, “sem carros a passar e com música ao vivo que costuma haver pela Baixa” torna também o restaurante num espaço atrativo, mas pode ser um problema no inverno, já que, devido à chuva, “as pessoas podem não conseguir arranjar lugar ao pé do restaurante”, explica Rodrigo, embora afirme que essa questão “está a ser tratada”.
Carregue na galeria para ver alguns dos pratos do menu do novo restaurante da Baixa de Coimbra.