A aldeia do Quilho, em Mortágua, tem menos de 100 habitantes mas, apesar de serem poucos, juntam-se todos os anos para fazer uma festa rija e cheia de petiscos que atrai gente de todo lado. A edição deste ano da Feira da Castanha e do Mel está marcada para o fim de semana de 22 e 23 de outubro e vai ser imperdível.
Sempre em meados de outubro, a povoação de Quilho arregaça as mangas e dá o melhor do seu esforço para viver dois dias intensos e deixar satisfeitas as muitas centenas de pessoas que procuram a Feira da Castanha e do Mel. Preparam petiscos tradicionais como a sopa da matança, serrabulho, torresmos/carne de alguidar, febras, feijoada, mas também muitas iguarias com castanhas, pão de trigo e broa caseira. Não faltam, claro está, os vinhos da terra, água-pé e os doces como pastel de castanha, filhós com mel e bolo de cornos.
“Cada vez mais estes eventos acrescentam valor e amor à terra até porque a Feira do Quilho é uma realidade, graças à dedicação da população”, afirma Mário Esteves, da Associação de Desenvolvimento Social de Quilho (ADESQ), a cargo da organização.
A Feira da Castanha e do Mel, que vai na sua 14.ª edição, realiza-se no parque de merendas de Quilho e, além da gastronomia, conta com animação musical. No sábado, 22 de outubro, a partir das 11 horas atua o grupo Elísio Aveiro Gaiteiros, estando a inauguração do evento marcada para o meio-dia. Ao início da tarde a festa prossegue com o grupo The Yankees. No domingo, dia 23, à tarde atua o Ruizinho de Penacova e a partir das 18 horas há um magusto tradicional.
Para comprar há castanha do ano, avelãs, nozes, pão caseiro, bolos, mel e licores. A feira é uma verdadeira mostra do mundo rural que pretende “apoiar os produtores do concelho a escoar os seus produtos, permitindo que obtenham um rendimento complementar à sua atividade normal”, adianta Mário Esteves.
Outra zona da feira está reservada às atividades económicas e produtos regionais, destacando-se os enchidos de fumeiro, o queijo da Serra da Estrela, os vinhos de produção local, bem como artesanato que tem espaço próprio, representado pela cestaria, bordados, rendas, tapeçaria ou as artes decorativas.
Mário Esteves destaca o apoio da Câmara Municipal de Mortágua e da Junta de Freguesia de Espinho, sem esquecer os cerca de 80 habitantes do Quilho “que de forma graciosa e voluntária colaboram nas mais diversas funções”. O responsável conclui que a aldeia “é uma terra pequena, mas com o coração do tamanho do mundo”.