A região centro é considerada por muitos a mais completa a nível gastronómico. Existem diversos pratos tradicionais e para todos os gostos. Os mais conhecidos são a lampreia, a chanfana e o leitão. Por isso, são estas as especialidades do distrito, principalmente dos espaços mais antigos. E é exatamente esse o caso da Taberna Belo na Mealhada.
O espaço nasceu há 76 anos e, apesar de todos os desafios e com uma pandemia pelo meio, nunca fechou portas. “Tudo começou com o meu bisavô”, explica Jorge Pedrosa, o filho dos atuais donos e responsável pela taberna. Em 1948, o bisavô abriu uma taberna tradicional à base de vinho e bacalhau. Anos mais tarde, transformou-se numa mercearia “também dos mesmos produtos, mas vendia-se em vez de consumir”, explica.
Em 1975, a mãe de Jorge tornou-se a proprietária do espaço. Nesse mesmo ano, a Taberna Belo passou a ser um café de aldeia, que se manteve durante os próximos 33 anos. Já em 2017, Jorge achou que estaria na hora de regressar às origens.
A 15 de julho desse ano, abriu novamente, mas desta vez, também enquanto restaurante. “Atualmente, temos ambas as vertentes, tanto do restaurante como do café. Fazia todo o sentido acompanhar o tempo e dar aos clientes o que sentíamos que faltava”, explica o responsável de 49 anos. O espaço tem capacidade para 100 pessoas e recebe vários eventos. De acordo com o TripAdvisor, são considerados o melhor restaurante da Mealhada e venceram o travellers choice de 2023.
O negócio foi passando pelas gerações e, até hoje, nunca saiu da família. É uma grande história que passa pelas paredes do mesmo espaço, que foi escolhido há mais de 70 anos. Uma das formas que Jorge encontrou de homenagear esta história, foi através do nome Taberna Belo. Apesar de atualmente não ser uma taberna, esse nome manteve-se em memória do bisavó e Belo, porque foi o nome de quando era uma mercearia.
Por ser algo que lhes corre nas veias, até hoje, nenhum dos responsáveis alguma vez estudou na área da hotelaria. “Tudo o que aprendemos foi por experiência, desde sempre que estamos envolvidos, então é um processo de aprendizagem muito natural”, explica. A carta também acaba por ser um reflexo do acumular dos anos e mantêm-se pratos tradicionais.
“Temos uma ementa extensa, por isso é difícil determinar apenas uma especialidade. O que posso dizer é que somos muito procurados pelas francesinhas, barriguinha de leitão, carnes grelhadas e outros pratos feitos na brasa”. Apesar disso, há mais de 30 pratos que pode provar.
Nas entradas há alheira na brasa com abacaxi (7,5€), camarão à mesa (12,5€), amêijoa boa à taberna (13,4€) e presunto no pratinho (5,5€). Na secção de carne, há mista de porco preto na brasa (15,9€), a barriguinha de leitão (15,9€), prego no prato (12,5€), bife ao pão (15,5€) e ainda espetada de lombo de vitela ao louro com molho de manteiga e alho (19€).
No peixe há espetadas de lulas com gambas (15,5€), o polvo à lagareiro na caçoula (17€), bacalhau à taberna (14,9€) e ainda por encomenda o bacalhau à “Zé do Pipo” (17€). Nos pratos vegetarianos pode escolher entre omelete de legumes (8,9€), francesinha vegetariana (14,5€) ou então hambúrguer vegan (13,9€). Para terminar a refeição, pode pedir ainda baba de camelo (3€), mousse de chocolate (3€), pudim (2,8€) ou natas do céu (4€).
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