O paraíso já chegou a Coimbra e, desta vez, em formato de pães e pastelaria tradicional portuguesa. Na Padaria Fidalgo da Baixa vai poder encontrar os melhores pastéis de nata e croissants de estilo francês. No entanto, a especialidade é mesmo o pão, que apresenta alternativas para todos os gostos. “Ao contrário do que se possa pensar, o pão não é todo igual”, diz à New in Coimbra, Luís Martins, um dos proprietários.
O mundo da gastronomia já não é uma novidade para o jovem de 35 anos. É proprietário do restaurante Notes, também localizado na Baixa da cidade. No ano passado decidiu abrir um spot de cozinha japonesa, o MA. No dia 18 de dezembro de 2023, foi a vez de inaugurar um espaço dedicado a produtos de pastelaria e padaria, de fabrico próprio.
“Sempre produzimos o nosso próprio pão, mas foi durante a pandemia que começámos a entender as dimensões que os clientes procuravam. Começámos a produzir cada vez mais e as pessoas aderiram bastante, o que nos fez pensar”, salienta. E foi o comentário: “este pão sabe a pão”, que o levou a abrir este novo conceito, em Coimbra.
Mas afinal, o que distingue este pão dos outros? Luís explica. “Tentamos sempre fabricar tudo, não compramos pós nem produtos pré-feitos, como acontece na maior parte dos locais. Fazemos tudo de raiz, preparamos diferentes tipos de farinhas, que dão um sabor mais distinto ao pão. Além disso, optamos por fazer a fermentação lenta, uma técnica muito antiga, em que o glúten é trabalhado antes de ser ingerido, o que acaba por facilitar na digestão”.
Relativamente aos ingredientes utilizados, o Fidalgo procura os melhores fornecedores, dentro e fora do País. “A maior parte dos cereais são portugueses, com exceção da manteiga, que tivemos de importar de França, já que foi o único produto que deu os melhores resultados”.
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Existem muitas opções por onde escolher: a tradicional broa de milho; o pão fidalgo, que é feito com trigo e centeio com 24 horas de fermentação; o padeira de 100 por cento farinha de trigo e fermentada também por 24 horas; o pão de sementes com trigo e centeio escaldado antes de ser amassado, com fermentação de 48 horas. “Esta técnica torna o pão mais fofo e acaba por durar mais tempo que o habitual”, sublinha o responsável.
Os clientes podem ainda contar com uma novidade: o pão biológico, com características fortes, ideal para acompanhar com queijo. O pão é feito através de uma cultiva sustentável. A broa de milho é vendida a 4€/quilo e as restantes propostas variam entre 3€ e 4€ por cada 800 gramas.
Além do pão, há produtos de pastelaria tradicional que não irá querer perder. Há duas especialidades de croissants, de massa folhada e o crossaint do Porto, feito com massa brioche folhada. Pode escolher entre o simples (1,50€) ou com recheio (2,50€) de chocolate, limão, creme de pasteleiro ou amêndoa.
Nesta lista não podiam faltar os famosos pastéis de nata (1,50€). Nestes casos, a particularidade está na manteiga e não na margarina que, além de ser francesa, é de origem animal, o que dá muito mais sabor aos produtos. E foi este conceito de trabalhar com os melhores produtos e de criar tudo de raiz que trouxe algumas dificuldades no processo de recrutamento da equipa .”Atualmente, os pasteleiros estão a trabalhar com tudo pré-feito, onde só precisam de montar o produto final, o que não exige técnica nem conhecimento”, salienta.
Em termos de organização do espaço, os proprietários decidiram apostar numa “padaria aberta”, onde todos os clientes têm acesso ao que se passa na cozinha. Não há segredos e é por isso que, “além de criarem ligações com as pessoas, também se relacionam com o que consomem”.
Carregue na galeria para conhecer algumas das propostas que a Padaria Fidalgo da Baixa tem para oferecer.
