Se pensa que o corpo escultural de Jennifer Lopez é resultado direto da lotaria da genética, não podia estar mais enganado. Aos 53 anos, a cantora, atriz, produtora e tantas outras coisas segue uma dieta rigorosa alia a uma rotina de treinos intensiva. E é assim que se explica o seu famoso rabo e six pack.
O plano que JLo segue pode ser o segredo milagroso para quem corre, treina e faz uma alimentação super equilibrada e mesmo assim continua sem ver alterações no corpo. O culpado, nestes casos, costuma ser sempre o mesmo: o metabolismo lento. Pode até ser uma característica genética, mas por norma não é nada mais do que o organismo a defender-se de regimes restritivos. A boa notícia é que a dieta da cantora ajuda a acelerá-lo e, consequentemente, a emagrecer. Para sermos mais precisos: dez quilos em 28 dias.
Certamente, já ouviu pessoas a queixarem-se do metabolismo lento. Isto significa que a forma como o organismo está a transformar a energia obtida através dos alimentos não é a mais rápida, porque quanto maior for a taxa metabólica mais fácil será perder peso.
A pensar em todo o funcionamento do corpo, Haylie Pomroy, uma nutricionista norte-americana, criou a dieta do metabolismo. A promessa é que vai realmente acelerar o metabolismo, promover o ganho de massa muscular e equilibrar as hormonas. No final, consegue perder dez quilos em 28 dias.
A dieta não é nova, mas tem ganho cada vez mais destaque nas redes sociais. Um dos principais motivos tem a ver com o facto de não ser restritiva. Para conseguir os benefícios anteriores, é necessário fazer sempre cinco refeições por dia. Comer até 30 minutos após acordar, beber dois litros de água por dia e comer apenas os alimentos que são expressamente permitidos.
O objetivo é cumprir as três fases diferentes do plano, que duram entre dois a três dias. Nesse período, a proporção de hidratos de carbono, proteína e gordura vai variando. Depois volta a mudar até completar o ciclo. Assim, a dieta não se torna monótona e, mais importante, não tem de passar fome.
Porém, nem tudo é fácil. Durante estes 28 dias não pode comer produtos industrializados, lacticínios, cereais com glúten, milho, soja, refrigerantes, sumos de fruta e café. Por outro lado, pode apostar em condimentos como o cacau, canela, curcuma, vinagre, pimenta do reino e gengibre, uma vez que ajudam a corrigir a inflamação do organismo e a promover a perda de gordura.
A melhor forma de seguir a dieta
Pode começar a dieta à segunda-feira e, desta forma, fica mais fácil organizar a semana. Na primeira fase, que dura dois dias, pode arrancar o dia com papas de aveia com frutos vermelhos ou uma tapioca recheada com grão-de-bico (sem azeite). A meio da manhã, pode comer uma laranja. Ao almoço, a indicação é que coma uma salada com várias opções verdes, uma porção de frango, brócolos e meia chávena de quinoa. Pode terminar a refeição com uma rodela de ananás. À tarde, opte por uma fatia de melancia. O jantar pode ser semelhante ao almoço.
Na segunda fase, ou seja, quarta e quinta-feira, comece o dia com três claras mexidas ou cozidas. A meio da manhã, coma duas fatias de salmão fumado ou uma lata de atum, em água, e acompanha com talos de erva-doce. Ao almoço, os especialistas recomendam uma salada de rúcula, alface roxa e cogumelos a acompanhar um pimento recheado com carne picada. À tarde pode comer três fatias de rosbife com palitos de pepino. O jantar é servido com apenas um prato de sopa de frango com hortaliças.
Sexta, sábado e domingo são os dias da terceira fase. Nesta altura pode comer ao pequeno-almoço uma torrada com ovo mexido e um batido de abacate com bebida de amêndoa. Maçã assada com canela pode ser o lanche da manha. E ao almoço pode optar por uma salda com salmão assado e batata doce. A sobremesa pode ser uma peça de fruta. À tarde, o aconselhado é beber um copo de água de coco e um punhado de frutos secos. Para jantar pode escolher uma salada com cogumelos, tomates, azeitonas a acompanhar quinoa e carne picada.
O que pensam os nutricionistas
Para Lia Faria, apesar de a dieta ser “teoricamente estruturada para acelerar o metabolismo”, apresenta várias “limitações”. A nutricionista sublinha a falta de estudos que evidenciam a sua eficácia e o facto de ser uma dieta generalista. Ou seja, que “não atende às necessidades de cada indivíduo”.
A restrição de certos alimentos é outro dos pontos que a especialista em nutrição aponta como falha. “O facto de eliminar muitos alimentos sem necessidade faz com que não seja uma opção para toda a gente”, diz à revista. E reforça: “É importante que, além do emagrecimento, cada pessoa tenha um plano alimentar adequado a si e que aprenda a comer, ou seja, que haja uma reeducação alimentar.”